Teve lugar ontem, no Museu D. Diogo de Sousa uma tertúlia sobre Música. Entre os convidados estava Pedro Abrunhosa, conceituado autor e intérprete português, Adolfo Luxúria Canibal dos Mão Morta e Rui Torrinha, director da antena da RUM.
O debate que começou por ficar morno, aqueceu quando assuntos como a música na internet e a criação da própria música vieram à baila.
Pedro Abrunhosa, acérrimo defensor da música escrita em português, mostrou-se profundamente indignado com a nova definição de músico. O autor considera vergonhoso aquilo que se passa nos Ídolos e Operação Triunfo e revela descontentamento face à Floribelização do panorama musical português. O ex-Bandemónio revelou, ainda, em "primeira" mão a intenção de "rasgar" o contrato que o liga à mega produtora mundial - Universal. Abrunhosa acrescenta que nos próximos dias se vai dirigir a Madrid para rescindir o contrato.
Adolfo Luxúria partilha algumas das palavras de Abrunhosa e, como advogado, afirma que o download, em Portugal, não é crime ao contrário do que se diz. "Descarregar músicas para uso pessoal não é crime, agora comercializá-las ou partilhá-las na net já é", afirma a voz dos Mão Morta.
Rui Torrinha, autor do programa Português Suave há já três anos, afirma-se espantado com o nível e qualidade da música portuguesa que lhe chega às mãos. Torrinha defende a RUM como uma estação que procura mostrar às pessoas outras tendências da música fugindo à estandardização do mercado e das playlist que passam nas rádios nacionais.
Uma conversa interessante, inteligente e elucidativa para muitos que, como eu, foram com curiosidade no bico...
A moderação do debate esteve a cargo de Alexandre Praça, director da Revista Sim.
A repetir estas iniciativas promovidas pela FazerAcontecer, Câmara Municipal de Braga/Pelouro da Cultura e RUM
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