28.6.05

Ridículo!!!

O governo da Bulgária decidiu lutar contra a abstenção nas eleições legislativas realizadas a 25 de Junho sorteando um carro entre os cidadãos que votaram. O objectivo desta "lotaria parlamentar" é estimular os cidadãos uma ida às urnas. Para isso, o governo destinou cerca de 400.000 euros para comprar o veículo e outros prémios menores, que variam entre computadores e relógios que também foram sorteados entre os eleitores. Após, vária contestação, nomeadamente da oposição que achava que o governo estava assim a comprar votos, o próprio primeiro-ministro búlgaro, Simeão da Saxónia, qualificou a ideia de "original e criativa". Habilitados ao prémio estão todos aqueles que tiverem votado e feito a inscrição no sorteio por via Internet, telefone ou mensagens escritas, vulgo SMS. Agora o Daniel pergunta... é para isto que a democracia serve, foi para isto que se lutou durante anos (direito ao voto)... este povo anda tolo e mais tolo anda quem sorteia automóveis a quem for votar. Isto se a moda pega em 2056 temos praí umas "Autárquicas com Jackpot acumulado de 6 anos", ou então umas "Presidenciais com Loto2" Ao que isto chegou, meu Deus... Ai se o Salazar tivesse visto isto...

19.6.05

No mínimo... Vergonhoso

Como português, mas sobretudo como "cidadão do mundo", sinto-me profundamente revoltado com o que ontem visualizei em Lisboa. Não é o meu espanto que, à hora do costume, o Telejornal vai para o ar, desta vez com um interesse predefinido por mim... A manifestação Nacionalista em Lisboa. Incrédulo fiquei e permaneci ao ver aquela (e desculpem-me o termo) palhaçada.
Porquê dar o nome de manifestação a uma clara atitude racista e xenófoba? Eu sei que estamos num país de 3º mundo, mas isso não nos impede de ter uma abertura social a qualquer pessoa que não seja da nossa nacionalidade. Acredito veemente que existem pessoas de outras "cores" que não vêm para o nosso país trabalhar e viver honestamente, mas também sei que há muito boa gente que o faz e que tenta impor-se num país e numa sociedade que lhe dá melhores condições de vida para si e sua família. Todos temos o direito de ser livres, de pensar no que queremos e de viver onde desejamos... até ao momento em isso, em nada ultrapasse a barreira dos limites sociais e culturais de um povo e de uma cultura.
Agora pensem comigo... se o objectivo da manifestação da Extrema-direita Portuguesa era fazer-se ouvir em Lisboa e em Portugal que o "arrastão" em Carcavelos e em Quarteira não iam ser esquecidos e que foram actos para não serem reeditados, o que será que esta manif vai suscitar? Violência. Exactamente... com estas concentrações populares, cada vez mais, o povo português vai-se sentir encorajado a resolver os seus problemas com pessoas de "cor" à base da Violência... lá está. As pessoas já olhavam, mas será que agora não vão olhar, cada vez mais, para os indivíduos de cor de uma forma diferente? Pois que eu acho que sim...
E ao falar em indivíduos de cor estou-me também a referir a toda uma população emigrante que vive no nosso país.
Pacífica classificam-na os de Extrema-direita, " isto é uma manifestação pacífica"!!! Por mim tudo bem, só há uma coisa que não percebi então... o porquê dos comerciantes fecharem seus "tascos" pela hora de almoço e não abrirem mais, na zona próxima ao local da manif e o porquê dos "sprints" para apanhar um "negro" que se opôs às palavras de ordem dos homens de direita? Dizem eles que os comerciantes só sentiram necessidade de fecharem as portas porque tinham medo... Da polícia (vá-se lá saber o porquê) e que o cidadão de cor tinha roubado na loja do gato "preto". Era para rir não?
Mas pronto assim vai Portugal...
E ao jeito do grande jornalista Fernando Pessa me despeço com um...

E esta hein!
José Daniel Silva
Nada para fazer, ponho-me aqui a ler poesia na net... e eis que me deparo com este belo poema. Já o tinha lido algures, mas a sua existência já não me era reconhecida, por isso aqui vai:

O amor é uma companhia

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

15.6.05

Obrigado camarada!!!

Por tudo o que fizeste pelo teu partido, por tudo o que fizeste pela classe operária, mas sobretudo por tudo o que fizeste por um Portugal livre... Obrigado Camarada Cunhal

10 de Novembro de 1913 - 13 de Junho de 2005

R.I.P. Camarada

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José Daniel Silva

11.6.05

Emoção

Foi precisamente isto que senti no final da performance de Técnicas de Expressão. Uma alegria imensa invadiu-me a alma... tudo correu bem... o esforço foi recompensado e a alegria para encarar o resto do dia foi tremenda.
Tenho naturalmente de fazer uns agradecimentos a certas pessoas que tornaram tudo isto possível, então cá vai:
- Todos os joyces... fomos fantásticos e a nossa união foi base segura para o sucesso da performance... muito obrigado por todos os momentos;
- Nádia e Marta, obrigado pela preciosa ajuda no serviço de "Corta e Cose" e no sistema de luzes... Sem vós a peça não teria tanto impacto;
- Ana Paula pela música da performance;
- Aos autores dos textos, destacando o da minha grande amiga (tu sabes quem és);
- Ao público que se deslocou para nos ver, principalmente aqueles que foram pelo minha parte (Cláudia e Tita);
- Ao professor de Técnicas... sem ele o empenho não seria tanto. Obrigado pelo incentivo durante o ano.
Para terminar, e antes de deixar aqui todo o guião da nossa performance, uma nota de parabéns para os outros grupos envolvidos. Foi gratificante verificar que o 1º ano de Comunicação Social tem gente bastante criativa e com algum jeito. A nossa nota foi a melhor, mas com certeza que nenhum grupo se empenhou menos ou tinha um trabalho inferior ao nosso. Por tudo isto Parabéns Comunicação Social.
Pronto, cá deixo então o guião para mais tarde recordar. Grande Abraço e um muitíssimo Obrigado a todos os que tornaram isto possível.

Acto I
Cena I

Fúnebre…
Fúnebre é o meu (x9), Mundo, meu Mundo, Mundo, meu Mundo, Mundo.
Fúnebre e sombrio o negro trespassa essa fronteira entre estes olhos e esse Mundo, esse outro Mundo de cores… De cores e flores e árvores e auto-estradas e casas, semáforos e aviões e foguetões e o Céu… O Céu, chamam-lhe azul e dizem que é infindável, interminável, inatingível… Dizem-no fascinante.
Mas eu e eu (x8) não tenho Céu. Tenho a solidão das cores, das flores, das árvores, das auto-estradas, das casas, dos semáforos, dos aviões, dos foguetões e do Céu… Só a solidão deles.
Durmo e acordo neste breu. Nesta noite, neste dia, nesta lua, neste Sol… Nestas estrelas fúnebres e lúgubres…
Nesta dimensão não há horas, o tempo perde todo o sentido no existir…As referências nada têm de referente neste Mundo, desse outro Mundo… Tão desesperadamente, angustiadamente, dementemente ambicionado por mim e por mim (x8).
Vivo dos ecos, dos sons perdidos, dos timbres mal definidos, das melodias sem cor…

Cena II

Melodia, sons…

NÃO!

Acto II
Cena I


Ontem fui ver o mar. A areia molhada gelava-me os pés descalços que a cada passo deslizavam felizes nesse chão brando e delicado.
A brisa tinha o gosto do sal, do iodo, do mar.
De longe e de perto a melodia das ondas trauteava belas cantigas de embalar.
E o sol aquecia e arrefecia e descia até a noite chegar.
E tudo isso vi quando fui ver o mar!

Cena II

Estranho? Não… Verdadeiro…
Quando quero vejo o Mundo todo com o meu corpo.
Vejo com as mãos, vejo com a boca, vejo pelo nariz, vejo com os ouvidos, vejo com o coração! Basta querer. Basta querer ver…
Quando os olhos não nos querem mostrar o Mundo, os outros sentidos revoltam-se e revelam-se e arrebatam todo o nosso corpo. Então vemos. Não vemos como os outros, talvez não vejamos de todo, antes sentimos.
E sinto o céu sobre mim, o infinito, a imensidão, sinto tudo e não consigo ver nada, mas sinto e pressinto que lá estão, Céu, Infinito, Imensidão.
(Céu, Infinito, Imensidão)*
*Escala ascendente e descendente 3x

E ouvem-se os ecos.

(Ritmos)

Acto III
Cena I


Os sonhos estatelam-se como copos que atiras à parede e se desfazem em mil pedaços…
E de repente vês a tua vida em infinitos fragmentos de vidro iguais a nada, piores que nada.
E os dias passam, comendo a luz que te dói na alma.
O tempo continua a perseguir-te com o vazio de um dia igual ao outro, e ao outro, e ao outro…
E tu só queres desistir, dormir, perder o juízo e a lucidez…
E voltar ao momento exactamente anterior à dor, ao vazio e à tristeza…
Mas é sempre tarde, é sempre demasiado tarde para voltar atrás…
Uma ânsia de uma morte que não consegues realizar…
A banda sonora perfeita para a tua alma…

Cena II

(Viola)

Agora falta essa luz,
Nesta escuridão.
Essa ausência atroz,
Que enlouquece a noite e não passa
E que dói
Deixa a solidão,
Deixa a solidão.


José Daniel Silva

A recordar...

Quinta-feira, partida de Braga em direcção a Lisboa... destino Aula Magna, mais um concerto dos The Gift me esperava. Um regresso a um palco que foi, de certa forma, a sua rampa de lançamento para o sucesso, marcava um dia que se esperava cheio de surpresas. Chegamos a Lisboa, grande animação na recepção e logo um almocinho recheado com bombardeamentos de batatas para animar. O ambiente estava bom, mas o trabalho tinha que ser feito e segue-se para a Aula magna. A elaboração da faixa de agradecimento começou a ser feita sobre o olhar de quem? Primeira surpresa do dia... Sic Radical a seguir a estadia do TGV em Lisboa. Ganda maluco aquele camera-man e muito fixe a rapariga. As horas vão passando, o Frisbee invade o jardim onde nos encontrávamos. Fiquei a ver a demonstração daquele desporto por parte da equipa nacional. Adorei mesmo... um dia vou experimentar. O concerto estava próximo e as pizzas teimavam em não aparecer. Mas finalmente vi a luz (dos faróis do carro da Tany) e ali estavam as redondinhas. Eu e Pedro Figueiredo (jornalista do Clix Música e director do Jornal Académico da Faculdade de Letras de Lisboa) recusámo-nos a jantar na escadaria da Aula Magna (olha a imagem que transparecia, lol) e lá fomos para um jardim afastado. À pressa, jantamos e entramos no espaço. Preparamos tudo e eis que começa o concerto. Grande ambiente sentido num concerto especial. You Know ainda teve direito a uma MOSH (marca da minha t-shirt que incentivou o pessoal a bombar). A invasão de palco estava prevista mas os seguranças parecia que tinham fome e não paravam de olhar para nós. Mas lá acaba o concerto em grande alegria. Simplesmente brutal. Mas acho que quem me conhece e quem já viu The Gift sabe o que são as suas actuações em palco. Sessões de autógrafos, fotos e venda de material foram posteriores ao espectáculo... uma espera recompensada. Acabou tudo. Partimos em direcção da casa da Sofia (o que eu gostei do cachecol de campeões na tua sala) onde aproveitamos, falo por mim, para descansar um pouco. 7h30 da manhã... "Alvorada"... Toca a levantar e apanhar o metro para o Oriente. Um aparte... aquela cena dos relógios parados no Areeiro ainda me dá a volta à cabeça. (o meu relógio ainda está parado no segundo 37). Um fenómeno paranormal sem dúvida. Saímos para Braga, viajei ao lado de uma Tia, que seca... e que cheiro a perfume, meu Deus!!! Cheguei a Braga e... cama. Um dia em cheio para mais tarde recordar. Grande abraço a todos os que passaram o dia comigo e que me proporcionaram um clima maravilhoso.

DaniGift

10.6.05

Afinal eles existem...

Pois que é verdade... eles andam aí. Na viajem para Lisboa confrontei-me com uma publicidade no mínimo curiosa. Era uma campanha de promoção ao Zoo de Lisboa em que se dizia "Você sabe o que é um Okapi?". O mais surreal é que na imagem aparecia um cavalo com pernas de zebra... e nós pensamos... raio do cavalo "anda a dar umas por fora". Não é que tudo isto me suscita curiosidade e eis que dou comigo sentado em frente ao computador à procura do que são Okapis... Qual é o meu espanto quando vejo que este animal existe mesmo... qual ignorância a minha. Abro o arquivo fotográfico e deparo-me com isto:

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Cabeça de Girafa, corpo de veado e patas de zebra... e esta heeiin???

DaniGift

6.6.05

Mais um perigo na estrada

Pois que é verdade, passei no exame de condução e agora mais um assassino está nessas estradas de Portugal. Aconselho muito cuidado quando me virem. Depois do exame surpresa (ninguém soube que ia fazer), a taxa de criminalidade nas estradas vai aumentar... ou talvez não!!! Temos bom gajo no volante acho eu! Um grande abraço neste post sem interesse mas, que para mim é gratificante.

José Daniel Silva

4.6.05

Fim da Festa... digo eu

A partir de segunda-feira tem início uma época complicada para todos nós... os belos dos exames estão aí. Talvez tivesse de começar mais cedo, mas... pois que não! Com este post quero apenas desejar a todos muito boa sorte nos mesmos. Aproveito também o facto de poder aqui escrever para lançar uma convocatória áqueles que quiserem ver a performance "joyce" (foleeeiro) a realizar na quarta-feira, dia 8 às 10h30 num dos auditórios do CP II. Apareçam!!! Até lá estudo, estudo e talvez algum tempo para..... o estudo deviam marcar o meu dia, mas... !!! Com esta vos deixo e me despeço com aquele abraço aos leitores deste espaço.

José Daniel Silva