Foi nos heterónimos que procurou libertar-se, alargar o espectro da sua vida, evadir-se para um mundo que não era seu. Conseguiu. O próprio Pessoa, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro foram criações do seu ser que elevaram a sua poesia e prosa a um expoente máximo na literatura mundial.
Pessoa explica: Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?... Lá tinha as suas razões!!!
Para trás ficam as recordações, os livros, aquele legado que enche uma vida e completa uma alma.
Fernando Pessoa nasceu à 120 anos e as "comemorações" da data devem singrar o grande poeta de Portugal...
Deixo-vos com Caeiro, para mim, o mais fascinante dos quatro...
É talvez o último dia da minha vida
É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
Parabéns Mestre Pessoa!
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