Media

Mário Soares voltou ontem, num almoço convívio com seus apoiantes, a tecer palavras críticas na direcção dos órgãos de Comunicação Social do nosso país.
O candidato às presidenciais refere-se, pela segunda vez esta semana, aos jornalistas que, por norma, cobrem as campanhas, como sendo parciais e com um espírito destrutivo em relação ao candidato apoiado pelo Partido Socialista. Soares chega mesmo a questionar-se acerca dos limites da liberdade de imprensa. Será que este está de tal forma desesperado que aponta as armas para os media? Ele, que confessou ter uma relação de amizade e bastante cordial com os jornalistas que o acompanham, aponta as culpas desta "campanha anti-Soares" aos chefes de redacção e directores de informação televisiva, argumentando que estes "estão a tentar meter na cabeça das pessoas, de uma maneira que chega a ser ultrajante para a liberdade de imprensa, que havia já um vencedor para esta caminhada".
Terá razões? Por um lado sim, porque a vitória de Cavaco é anunciada há muito e os jornalistas, por engano, ou não, já se dirigem a Cavaco como "futuro presidente".

E assim vai a nossa Comunicação Social... os jornalistas fazem trabalho exemplar, mas os chefinhos gostam sempre de deixar a sua marca pessoal de forma a influenciar os portugueses!

José Daniel Silva