Muita expectativa no início do espectáculo. Os The Gift subiam ao palco acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Quem acharia possível um som pop/electrónico/alternativo misturar-se com os acordes afinados de uma Orquestra? Pouca gente com certeza, mas esse foi, claramente um estímulo para os dois conjuntos musicais que se apresentaram bastante confiantes e desinibidos em palco.
O Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, foi o palco para este concerto organizado pela Caixa Geral de Depósitos, no âmbito da celebração do 132º aniversário da entidade bancária. O grande auditório estava completamente esgotado e composto por uma plateia que ia “dos oito aos
Baixam as luzes, sobem ao palco os artistas. “How the end… Always end”, tema do primeiro álbum de mercado dos Gift - Vinyl - abriu um espectáculo com contornos únicos.
Sónia Tavares, a voz da banda de Alcobaça, nas suas primeiras palavras dirigidas ao público fez questão de ressalvar que o momento “parece sério, mas estamos aqui apenas para nos divertirmos”. Sónia frisou ainda a cooperação com a Orquestra Metropolitana de Lisboa neste projecto, classificando-o como “o concretizar de um sonho da banda”. “Será que não vos podemos trazer para todos os concertos no bolso?”, questionou a vocalista o maestro da Orquestra, Pedro Neves, numa clara mostra de cumplicidade entre os dois conjuntos.
Quando o concerto já ia a meio, eis que se soltam os acordes da música que, neste momento, é a “cara” dos Gift. “Fácil de Entender”, numa versão intimista fez relembrar os tempos em que a banda entoava, de forma tímida, uma das suas poucas composições cantadas em português. Apenas acompanhada ao piano por Nuno Gonçalves, “o maestro da banda” Sónia deslumbrou a atenta plateia. O silêncio instalou-se na sala e só terminou com um efusivo aplauso dos presentes. Seguiu-se um grande “hit” dos Gift, talvez a música que os lançou
Pouco depois, o momento da noite. “
Terminou, desta forma, uma noite memorável ao som de dois dos conjuntos mais talentosos no nosso país. “Uma iniciativa só à altura dos predestinados” comentava-se nos bastidores. Uma noite, sem dúvida, a recordar.
(Texto publicado no jornal Académico)
2 comentários:
bowie? estás maluco ou surdo. estive nos três concertos e nem bowie nem david.....
uf que atenção... foi muito bom.
Por que é que afirmas que eles cantaram Bowie, quando isso nem sequer aconteceu?
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