2.2.08

Estado da TV em discussão


Foi perceptível ver como dois comunicadores natos, Carlos Daniel e Felisbela Lopes se sentem incomodados com o estado da televisão em Portugal. A, cada vez mais significativa, monopolização dos recursos pela capital, deixando o resto do país num autêntico marasmo, origina situações e reacções de espanto na comunidade, tal como aconteceu na passada semana com a questão dos bombeiros de Favaios, sublinha Felisbela Lopes. "Se houvesse mais reportagens sobre o país, Lisboa ficava a conhecer o cenário terceiro mundista destas regiões do país", afirma a investigadora da Universidade do Minho, Felisbela lopes.
Esta iniciativa, organizada pelo Museu Nogueira da Silva, juntou, para as "Tertúlias no Museu", os dois comunicadores e amigos, numa conversa sobre os 50 anos da televisão e o seu futuro.
Carlos Daniel [para mim um exemplo no jornalismo] destacou, pela negativa, a programação dos dias que correm, assim como colocou o dedo na ferida daquilo que se passou na RTP nos últimos anos.
As reportagens, os talk-shows da noite, as grandes entrevistas, os debates públicos fazem falta na TV de hoje e Carlos Daniel ironiza nesse sentido, afirmando não lhe apetecer "adormecer a ver CSI todos os dias."
Sobre o futuro da TV, focou-se, como era de esperar, o importante papel a desempenhar pela televisão digital. A maior responsabilização do espectador sobre aquilo que vê foi um dos itens enunciados acerca deste tema em concreto.
Uma conclusão conjunto foi de que, ao contrário do que se diz, a televisão não está condenada.


Uma noite descontraída e animada que juntou no museu alguns estudantes, curiosos, comunicadores e profissionais da comunicação social. A repetir!!!

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