Mais uma vez...

Numa altura em que os estudos estão na ordem do dia e devido a estes me é impossibilitada uma escrita assídua aqui no blog, "roubei" um pouco do tempo à Sociologia e parti para a habitual crónica desportiva. No Sábado, 8 de Janeiro o Benfica deslocou-se ao Alvalade XXI para defrontar a equipa local num jogo importante para as aspirações de ambos os clubes. Num jogo envolto em muito nervosísmo, as equipas saíram para o relvado muito tensas, notando-se essa ansiedade principalmente na equipa encarnada. O jogo teve início e foi logo desde os primeiros momentos que deu para perceber que o Sporting queria entrar bem na partida, mostrando-se uma equipa mais ofensiva, a procurar o caminho do golo de formas sucessivas e variadas. Até que ao minuto 22, Liedson "o macaquinho" apareceu na área a corresponder da melhor forma a um cruzamento de Rochemback e a cabecear de forma inteligente batendo a bola por cima do guardião Quim. O Sporting não tirou o pé do acelerador visto ter sempre a moleta de um Sr. chamado Duarte Gomes que limitava todos os esquemas ofensivos dos encarnados. Mas o Benfica procurou amenizar o prejuízo e num lance rápido de ataque Manuel Fernandes isola o regressado Nuno Gomes para estabelecer a igualdade. Pedia-se fora-de-jogo facto que não é comprovado pelas imagens televisivas. O jogo antes de ir para intervalo ainda se deparou com uma situação de relevo, Rui Jorge agarra Geovanni quando este ia claramente e repito claramente para a baliza. O internacional português recebe ordem de expulsão e aí a pressão leonina no jogo deixou de se fazer reflectir contra o Benfica e passou a ter como alvo... o árbitro. Até ao intervalo foi ver as duas equipas a jogar um futebol racional. Intervalo chegou e o Benfica a jogar com mais um elemento teria de se superiorizar, mas tal não aconteceu. Jogou 20 minutos de forma apática até que o árbitro se "lembra" de expulsar Alcides num lance em que tentou comparar a situação atrás sucedida com Geovanni e Rui Jorge, mas o problema aqui é que neste caso Liedson não foi tocado não ia sozinho nem em direcção à baliza.... falta para amarelo??? Nem isso já que ninguém toca no "macaquinho Liedson"!!! Dois minutos após a exclusão do central encarnado o Sporting chega ao golo por intermédio do mesmo Liedson, que por simulação na falta que deu origem à expulsão de Alcides teria que ter sido admoestado com a cartolina amarela sendo desta forma expulso devido à acumulação de amarelos. Importante referir que o golo do brasileiro é marcado em posição irregular visto que este encontra-se entre o último e o penúltimo jogador encarnado. Até ao fim foi ver mais uma palhaçada no futebol onde por muito curioso que seja os vermelhos são sempre os maus da fita e os que são constantemente perseguidos. Até ao fim e para compensar, o árbitro não expulsa Petit a 2 míseros minutos do fim. Assim vai o futebol português, feito de pressões de medos e fobias dos árbitros que com uns erros compensam outros voltando desta forma a errar. O futebol português assim não vai a lado nehum, o Sporting não necessitava do árbitro para vencer o jogo de ontem mas este fez questão de lhe facilitar ainda mais a tarefa. Por isso é necessária uma reflexão intensiva no futebol português... se queremos ser maiores lá fora temos que nos proteger dos males e vicicitudes internas e só desta forma o poderio no futebol europeu será possível.
Volto a frisar que o Sporting merece claramente vencer o jogo mas o árbitro teve influência directa no resultado e os leões não precisavam disso.

Estádio Avalade XXI - 47 mil pessoas
Sporting C.P. 2 - 1 S.L. Benfica
Melhor elemento encarnado: Manuel Fernandes (mais uma vez)
Pior elemento encarnado: João Pereira (crucial nos golos do Sporting)
Arbitragem: tal como já disse com influência directa no resultado (não expulsão de Rochemback por agressão a Petit, amarelo condicionador a M. Fernandes aos 10minutos, não expulsão de Liedson no lance em que expulsou mal Alcides, fora-de-jogo não assinalado no 2º golo leonino e errou em não expulsar Petit)
Melhor(s) atleta(s) em campo: Carlos Martins e Manuel Fernandes.

* o "Soneca" aqui a ser travado em falta por Rui Jorge.

José Daniel Silva