28.6.06

Alma

A essência de uma alma já não se conhece pelo seu olhar, pelo seu sentir e tocar... Mostra-se pela forma única e inabalável que tem em amar ou destruir aquilo que gosta e aquilo que dela gosta.
A cada passo do coração sente-se a tristeza e amargura pela saudade daquilo que nunca chegou a existir, daquilo que nunca se chegou a sentir mas sim a dizer.
"A verdade apanha-se com enganos" e a minha nunca irá ser apanhada por alguém a não ser pela razão, única detentora da realidade. Quanto à verdade dos outros, nunca será a mesma, nunca terá sentido... Mas também será que alguma vez teve? Não sei responder...
Deixo a alma tal qual ela se figura no mundo, restrita de qualquer sentimento, desprovida de qualquer sentido, mas deixo-a, não a destruo nem tento destruir uma outra que num imaginário verdadeiro nunca chegou a existir.

Daniel Vieira da Silva