13.2.06

Céu

Salto e corro, enfrento o vento que me gela a cara e me seca as lágrimas de vingança que derramo.
Busco um lugar encantado onde te possa ver e sentir como sempre quis, mas tu superas-me!
Sentes-te longe e perdes a força para, por nós, remar e encontrar o que acabaste de perder. Do outro lado da margem existe alguém, esse alguém que jamais conhecerei, que te diz para parar, para voltar e lutar por aquilo que realmente sempre acreditaste. Mas estou e existo eu, correndo atrás de algo que nunca cheguei a encontrar, correndo atrás daquilo que sempre sonhei, sempre imaginei. A meta está longe, demasiado longe para mim...
O vento serenou, emancipou-se um turbilhão de emoções sobre todo o meu corpo cansado e desfeito da longa viagem e caí! Morri para mim mesmo, mas continuei a fazer parte de todo este mundo subtil mas egoísta para quem ama...
O vento e alma viraram mais uma página deste imenso livro mágico que se escreve a si próprio, que conta as palavras num tom lento e compassado como se de uma valsa se tratasse...
Espero poder ser eu a encontrar uma matiz que consiga escrever um final feliz neste emaranhado de folhas sem sentido...


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Porque o céu é o limite

Daniel Vieira da Silva



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