15.2.06

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A poucos dias da alteração da estrutura e imagem deste blog, um dos últimos posts a querer levantar a minha voz de descontentamento face ao consumismo exacerbado dos portugueses.
Estamos em crise... Concordo plenamente. Mas pensemos numa pequena situação. Sempre que existem ocasiões "especiais" os portugueses são os que mais gastam em relação ao que ganham. Chama-se a isto gestão familiar? Julgo que não. Mas perguntam vocês o porquê de me lembrar disto dois meses depois do Natal. Ao que eu vos respondo com uma simples data: Dia dos namorados.
É impressionante a “campanha amorosa” que se realizou desde o início do mês em todas as superfícies comerciais. Lojas e mais lojas coloridas de vermelho, com corações, anjinhos e setinhas alienadas a um infindável leque de “bouquets com todo o tipo de flores dão um colorido que é sem dúvida brilhante neste dia. Ursos, macacos, sapos, gorilas, corações, almofadas... tudo envolvido numa apetitosa e confortável "peluce" faz crescer água na boca naqueles mais apaixonados e que querem, por via desses objectos com valor subjectivo, mostrar o quanto gostam do seu companheiro/a. Os preços não são convidativos mas "o amor fala mais alto" e os cartões de crédito, carteiras e multibancos esgotam-se pelo acto profano de amar.
Milhares ou milhões de euros são gastos nestes dias onde um simples gesto, uma simples palavra ou um mero olhar dizem o mesmo, ou talvez ainda mais, do que a sequência de futilidades sem graça a que todos nos rendemos.
Este post serve não só para me consciencializar da verdadeira importância do amor (se é que já não estava consciencializado de tal) e também para apelar aos portugueses uma contenção orçamental que lhes permita não recorrer ao "choradinho" durante o resto do ano. Um bem-haja a todos!!!

Daniel Vieira da Silva

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