Pedro Remy inaugura Work in Future
Com inauguração ao som do jazz, Pedro Remy amplia o seu cabeleireiro e espaço cultural, tornando-o numa confortável galeria de arte com uma sala onde a tecnologia e o multimédia adquirem contornos de perfeição
Cabeleireiro e Espaço Cultural num mesmo local pode parecer estranho, mas o conceito já existe desde há cinco anos no local, apesar da ideia de inovação e criatividade nos remontar para 1993. Agora se ao conceito existente adicionarmos um espaço multimédia, uma sala de leitura, um serviço de bar, boa música e uma exposição de arte? Impensável para alguns… Um desafio para Pedro Remy.
O proprietário deste espaço assume o grande investimento neste espaço, mas revela satisfação pelos passos dados. “Este conceito foi crescendo ao longo dos anos” e “estas ideias vêm do interior de mim próprio […] Desde jovem sempre tive grande proximidade com as artes e agora estou rodeado daquilo que mais gosto”, afirma, orgulhoso, o anfitrião do estabelecimento.
Este espaço é bastante urbano, sofisticado, inovador e irreverente, claramente ligado às pessoas com uma filosofia de vida semelhante. A acompanhar todos os avanços, Pedro Remy não descura o “rigor e profissionalismo” e o “tratamento caso a caso” que o tornou uma referência para muitos outros cabeleireiros. “Fidelizar os clientes” é uma das conquistas desta nova área, já que as pessoas sabem com o que podem contar ao entrar no espaço. A ideia é, também, pensada para o público mais jovem, com gosto pela cultura e desporto, “fazendo com que estes tenham mais interesse em se deslocar e estar no cabeleireiro”, afirma Pedro Remy.
Situado nas históricas ruas da freguesia da Sé, em Braga, Pedro Remy cabeleireiro e espaço cultural, assume-se como mais um ponto de passagem obrigatório na cidade de Braga. A inovação, irreverência e bom gosto fazem deste espaço um local único e apetecível.
Sala “multifunções”
O novo espaço tem apenas uma semana, mas já é tema das mais variadas conversas. Em primeiro lugar devido à qualidade e alternativa que o espaço cultural constitui, mas sobretudo pelo equipamento multimédia que agora faz parte do espaço. A sala “Work in Future” (WIF) é, segundo Pedro Remy “o futuro dos cabeleireiros”. Aí, o tradicional espelho tem agora o seu sucessor digital que nos permite, ao mesmo tempo que nos cuidam do visual, navegar na Internet, ver dvd’s, ouvir boa música numa colectânea personalizável e, imagine-se… jogar PlayStation. Tudo isto enquanto o cliente está a ser objecto de filmagem das câmaras de alta definição que o permitem acompanhar o corte de cabelo.
Em relação à sala WIF Pedro Remy afirma que “o espaço fala por si”. “O espectador habita o espaço com prazer e leveza, onde cada metro quadrado é uma descoberta de luz, som e cor”, conclui ainda.
Visivelmente orgulhoso, Pedro Remy remata “O espaço está fantástico”.
Salão de cabeleireiro ou Espaço Cultural? Os dois. Desde a passada semana que Pedro Remy inaugurou o seu novo espaço. Ampliou-o, de facto. A ideia é continuar a fazer crescer um conceito “dinâmico e urbano”, como refere o proprietário. A promoção da cultura fica, assim, assegurada neste espaço. Pedro Remy teve essa preocupação nesta nova etapa. Para acompanhar a ampliação do espaço, a qualidade das exposições e das iniciativas culturais também deverá ser mais cuidada. “Temos de ter obras de qualidade num espaço de qualidade”, afirmou o proprietário. Para esse efeito, foi assinada uma parceria com a galeria vimaranense “Fuga pela Escada”. Esta parceria “inteligente” é, segundo Pedro Remy, “uma forma de recrutar e oferecer trabalhos de grande qualidade”, ao mesmo tempo que é o primeiro passo para “um intercâmbio cultural entre as duas cidades [Braga e Guimarães] para que se possam fazer grandes realizações culturais conjuntas no Norte do país”, afirmou Pedro Remy. Até 2009, o Espaço Cultural tem já agenda preenchida com várias exposições de pintores, fotógrafos, cartoonistas e outros artistas dos quatro cantos do mundo, nunca descurando o interesse e a aposta nos novos talentos portugueses. Para já é Fúlvio Mendes, artista português a expor a sua mostra “Between” no Espaço Cultural. A exposição está patente nas galerias até dia 30 de Novembro. A arte contemporânea assume, assim, um papel de destaque num espaço que pretende harmonizar ainda mais uma casa com estilo e requinte. Para além das exposições, o espaço consegue converter-se, através de paredes amovíveis, e proporcionar momentos de debates, tertúlias, conferências e concertos, onde o jazz é prioridade. Todo o espaço foi pensado ao pormenor pelo proprietário e por Nuno Capa, arquitecto do espaço.
De Jorge Palma… Ao espaço cultural
O nome é de artista… Dizem. Pedro Remy, nasceu em 1972 e é natural da cidade de Braga. Desde muito novo se interessou pela música sendo considerando um artista promissor na cidade. No seu percurso musical, Pedro Remy destacou-se ao lado de grandes nomes da música portuguesa. Teve o prazer de partilhar palco com Jorge Palma, Paulo Gonzo e até o fadista Rodrigo e de abrir concertos de grandes nomes como os G.N.R. e Rui Veloso. Rádio e televisão foram, também, outros mundos que Pedro Remy resolveu explorar, saindo vencedor de alguns concursos onde participou. Na década de 90, Remy começou bem, cresceu e chegou bem alto na sua carreira como artista.
A sua tendência e gosto pela música aconteceu bem cedo, ainda com 11 anos. A viola acústica “levou-o” à Escola Calouste Gulbenkian, mas o gosto pela irreverência e pelos ideais jovens da década de 60 fizeram-no saborear as melodias de outras épocas.
Agora a vida é outra, o conceito é diferente. Remy continua a ser artista, mas noutra área. Dedica-se, a tempo inteiro, ao seu Espaço Cultural e Cabeleireiro. Mas a paixão também não é de agora. Pedro Remy comemora, no próximo ano, 20 anos de carreira como cabeleireiro. Desde o seu início, sempre se interessou pela descoberta e pela inovação. O seu percurso como cabeleireiro teve ligações à arte de palco, à moda, à música e também à formação profissional. Numa altura em que tudo parece inventado nos salões de cabeleireiro, eis que aparecem novos conceitos ligados à arte, à cultura… Quase todos pela mão de Remy… Pedro Remy.
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